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De personalidade tão complexa que só a construção de espaços como este para comportar um pouco da trajetória intimista; paradoxalmente, tão simples a ponto de permitir-se tornar invisível em prol da autopreservação...Sou eu.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Volta ao Trabalho. Será???

Infelizmente não foi o que eu esperava. Me apresentei para ser avaliada e voltar ao trabalho e não me senti acolhida.
Imprimi alguns trechos mais relevantes de minhas impressões para tentarmos juntas buscar respostas. Fui sincera, me abri, mas a Psicóloga ficou contrariada, resistente em ver os relatos,e acrescentou que os remédios não estavam fazendo efeito, que eu não estava bem e que não poderia voltar ao trabalho. Meu mundo caiu. Fui pedir ajuda justamente para ajustar a medicação e tentar compreender o que acontecia cmg, mas os conselhos e observações que recebi foram frustrantes (e eu precisava lidar com aquilo...).
"Posso te pedir uma coisa Jô? Pare de ler essas coisas na Internet... (se vissem a cara de nojo que ela fazia para os papéis que continham um pouco de mim. Continham ainda boas bibliografias de endereços eletronicos confiáveis e de bons livros. Foi sofrido...). Pare de se preocupar em saber o que vc tem".
O tom condescendente não me confortou, me feriu, como se não soubesse escolher conteúdos de qualidade. Adoro o blog da Luciana, o da Ana Maria Saad, por exemplo. Assisto a vídeos de profissionais renomados. Os livros que leio são fidedignos. Todas as minhas experiências e tentativas de busca ao autoconhecimento ajudaram-me em muitas ocasiões a não ficar pior, pq aprendi a respirar, a proteger a construção de meus pensamentos, desabafei através dos textos, e me acalmavam todas essas atitudes.
A Psicóloga, de uma única vez, juntou tudo, pôs num saco e rotulou: "Bobagens - Proibido!".
Fui encaminhada para um médico comum, pq não conseguiram Psiquiatra, e ele perguntou quais eram meus sintomas. Procurei ser mais criteriosa pq perdi a confiança neles (o fim para qq terapia). Ele anotou algumas coisas em um "encaminhamento" e pediu que consultasse um Psiq, só depois poderia voltar ao trabalho. Disse que já havíamos tentado, mas que eu estava em condições de trabalhar, e poderia aguardar a consulta já tendo voltado ao trabalho (fui liberada pela perícia oficial do Estado, que atende ao servidor público, mas é um médico comum, do trabalho, que apenas valida as licenças dadas pelo especialista). Ele deu de ombros e disse: "só assino seu retorno com o aval da colega Psiq!".
Resumindo: estou acelerada, mas o trabalho é gratificante. E estou produtiva (ainda que descompensada nesse sentido). Me senti rejeitada e o que pensei que seria um acolhimento, literalmente resumiu-se a "ordens" que recebi sem sequer ser ouvida adequadamente. Estou fragilizada. Peguei a dignidade que me restava, envolvi com carinho em um manto invisível de compreensão e amor e voltei p casa abatida.
To me controlando, mas o filme de ontem passou e to chorando.
Se for impedida de trabalhar, terei de ser estabilizada de verdade pq sinto que estou no meu limite de tolerancia.
Não me ouviram, não concordo com essa metodologia de tratamento, e acho até que pioraram meu quadro. Agora há uma sensação de rejeição e um estranho medo de escrever e/ou mostrar meus escritos à Psicoterapeuta. Seria a 1ª vez que faria assim, mas e se a "receptividade" for a mesma??? Trauma! (consulta Psicologia em 12ago10).
Cheguei a comentar com a Psicóloga do trabalho. "Estou sendo tratada como doente inválida. Mas sei que estou produtiva, só preciso ajustar os remédios..." Foi um desabafo mais p mim mesma, pq não fui ouvida, compreendida...
Mais uma baixa...
Bjo.

3 comentários:

  1. Olá querida! Sei bem como se sente, realmente o sistema de saúde no Brasil ainda é precário, é raro encontrar bons profissionais no ramo da psiquiatria, eu estou pagando R$250,00 por mes no psiquiatra pois sofro há 10 anos de depressão crônica e até então não havia encontrado um bom profissional, até que falei chega! Estou me sacrificando para pagar mas está valendo a pena, estou me sentindo muito melhor, estou tomando lexapro e senti o resultado logo no quinto dia, é um medicamento q eu me adaptei bem, cada organismo reage de uma forma, mas vc tem toda a razão o medicamento não é tudo mas é 99%. Você é muito corajosa e admirável! Não desista de lutar,apesar de tudo a vida ainda vale a pena!! beijos

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  2. Teus textos poderiam ser utilizados como material na terapia e fazer cara de nojo para eles é misturar coisas dela com as suas.
    Toca em frente, porque atrás vem gente.
    Beijos.

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  3. Obrigadíssima pela visita. Venha sempre amigo!!!

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