Quem sou eu

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De personalidade tão complexa que só a construção de espaços como este para comportar um pouco da trajetória intimista; paradoxalmente, tão simples a ponto de permitir-se tornar invisível em prol da autopreservação...Sou eu.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Volta ao Trabalho. Será???

Infelizmente não foi o que eu esperava. Me apresentei para ser avaliada e voltar ao trabalho e não me senti acolhida.
Imprimi alguns trechos mais relevantes de minhas impressões para tentarmos juntas buscar respostas. Fui sincera, me abri, mas a Psicóloga ficou contrariada, resistente em ver os relatos,e acrescentou que os remédios não estavam fazendo efeito, que eu não estava bem e que não poderia voltar ao trabalho. Meu mundo caiu. Fui pedir ajuda justamente para ajustar a medicação e tentar compreender o que acontecia cmg, mas os conselhos e observações que recebi foram frustrantes (e eu precisava lidar com aquilo...).
"Posso te pedir uma coisa Jô? Pare de ler essas coisas na Internet... (se vissem a cara de nojo que ela fazia para os papéis que continham um pouco de mim. Continham ainda boas bibliografias de endereços eletronicos confiáveis e de bons livros. Foi sofrido...). Pare de se preocupar em saber o que vc tem".
O tom condescendente não me confortou, me feriu, como se não soubesse escolher conteúdos de qualidade. Adoro o blog da Luciana, o da Ana Maria Saad, por exemplo. Assisto a vídeos de profissionais renomados. Os livros que leio são fidedignos. Todas as minhas experiências e tentativas de busca ao autoconhecimento ajudaram-me em muitas ocasiões a não ficar pior, pq aprendi a respirar, a proteger a construção de meus pensamentos, desabafei através dos textos, e me acalmavam todas essas atitudes.
A Psicóloga, de uma única vez, juntou tudo, pôs num saco e rotulou: "Bobagens - Proibido!".
Fui encaminhada para um médico comum, pq não conseguiram Psiquiatra, e ele perguntou quais eram meus sintomas. Procurei ser mais criteriosa pq perdi a confiança neles (o fim para qq terapia). Ele anotou algumas coisas em um "encaminhamento" e pediu que consultasse um Psiq, só depois poderia voltar ao trabalho. Disse que já havíamos tentado, mas que eu estava em condições de trabalhar, e poderia aguardar a consulta já tendo voltado ao trabalho (fui liberada pela perícia oficial do Estado, que atende ao servidor público, mas é um médico comum, do trabalho, que apenas valida as licenças dadas pelo especialista). Ele deu de ombros e disse: "só assino seu retorno com o aval da colega Psiq!".
Resumindo: estou acelerada, mas o trabalho é gratificante. E estou produtiva (ainda que descompensada nesse sentido). Me senti rejeitada e o que pensei que seria um acolhimento, literalmente resumiu-se a "ordens" que recebi sem sequer ser ouvida adequadamente. Estou fragilizada. Peguei a dignidade que me restava, envolvi com carinho em um manto invisível de compreensão e amor e voltei p casa abatida.
To me controlando, mas o filme de ontem passou e to chorando.
Se for impedida de trabalhar, terei de ser estabilizada de verdade pq sinto que estou no meu limite de tolerancia.
Não me ouviram, não concordo com essa metodologia de tratamento, e acho até que pioraram meu quadro. Agora há uma sensação de rejeição e um estranho medo de escrever e/ou mostrar meus escritos à Psicoterapeuta. Seria a 1ª vez que faria assim, mas e se a "receptividade" for a mesma??? Trauma! (consulta Psicologia em 12ago10).
Cheguei a comentar com a Psicóloga do trabalho. "Estou sendo tratada como doente inválida. Mas sei que estou produtiva, só preciso ajustar os remédios..." Foi um desabafo mais p mim mesma, pq não fui ouvida, compreendida...
Mais uma baixa...
Bjo.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Para refletir...mos

OBRIGADA, ANA MARIA SAAD. SOU SUA FÃ!!!

Mesmo tendo uma vida social as vezes nos sentimos sozinhos, não conseguimos compartilhar o que nos vai no íntimo. Talvez porque em geral não sabemos mais escutar, consequentemente desaprendemos a dialogar. Não sabemos mais quando o silêncio diz tudo e um abraço conforta mais que mil palavras. O desgaste da dor e o peso da bagagem sofrimento nos cansaram, estamos em "carne viva"! Uma simples gota d´água que nos atinge faz arder muito, assim nos armamos com parafernálias para evitar mais massacre ou talvez simplesmente estamos socializando com pessoas com as quais não temos afinidade...

Texto enviado pela querida Edna Rigolon, que conheci na Constelação Familiar e com muita generosidade foi eu durante o workshop.

SE PRECISARES DE UM "DEDINHO" DE PROSA...

- Tardi, Dotô.
- Boa tarde. Sente-se..
- Careci não. Ficu di pé, memo.
- Sente-se para eu poder examinar.
- O Dotô é quem manda.
- Mas fale-me. O que está acontecendo?
- Ai, Dotô! Mi dá umas dor di veiz in quandu.
- Que dor?
- Aqui, óia. Nu estromagu. Beeem lá nu fundinhu.
- Forte?
- As veiz. Trasveiz é anssim ó, di mansinhu.
- E o que você faz?
- Tem veiz que eu cantu. Trasveiz eu vô pra cunzinha fazê um bolu.
- Tem outra dor?
- Tenhu, sim, Dotô. Aqui, ó. Pertu dus óio.
- E essa é forte?
- Também é forte não. Quandu ela dá eu cunversu cas vizinhas i passa.
- Outra?
- Tenho sim senhô. Aqui. Anssim, nu meio das custela, pareci nu coração. Dá uns apertu aqui, ó.
- E você faz o que?
- Tem veiz qui eu choru. Trasveiz eu ficu anssim, muitu da queta pra vê si passa.
- E passa?
- As veiz. Trasveiz eu vô pra pracinha.. Lá eu sentu num bancu vê as criança brincá prá esperá passá..
- Você mora com alguém?
- Moru não, Dotô. Sô sunzinha nessi mundão di Deus.
- Não tem família?
- Aqui tenhu não. Minha famia é todinha du interiô du sertão, pertinhu de Urandi, lá quasi im Minas. I vim sunzinha pra Sum Paulu tentá a vida.
- E você faz o que?
- Óia, Dotô. Eu já fiz um cadinhu di tudu nessa vida. Já trabaiei numa firma di limpeza, já cuidei di criança. Já trabaiei numa casa di genti rica. Agora eu trabaio cuma mocinha qui mais viaja qui fica im casa.Ela avua num avião di dia i di noiti. Aí eu ficu sunzinha..
- Você mora com ela?
- Moru sim, Dotô. Ela dexa eu drumi num quartinhu lá nus fundu da casa.
- Sabe cozinhar?
- Oxa si não! Cunzinhu muitu du bem! Coisa mais simpres anssim i coisa mais di genti chiqui.
- Gosta de crianças?
- Ô, seu Dotô. É as criaturinha mais anjinha qui Deus botô nu mundu!
- Qual o seu nome mesmo?
- Óia, Dotô. Eu num gostu muitu, mas a modi agrada a santa, minha mainha botô Crara.
- Dona Clara. Eu sei o que a senhora tem.
- Comu anssim, si o Dotô nem incostô im mim?
- O que a senhora tem Dona Clara, chama-se solidão e é a causadora de toda essa tristeza.
- I issu mata, Dotô?
- Ás vezes, sim. Mas, no seu caso bastam amigos, alguns remédios e um pouco de carinho..
- Dona Clara. Vai parecer estranho e nem eu mesmo entendo porque estou fazendo isso, mas minha esposa está grávida e nosso segundo filho é para o mês que vem. Já temos uma menina. E até hoje é minha esposa que cuida de tudo. Porém, com o bebê pequeno precisamos de alguém que cuide da casa.
Que tal ficar conosco?
- Oxa si não! Óia, Dotô. Nunca fizeram issu pur mim não. Vixe! Vai sê coisa muitu da boa ficá cum oceis. I careci di morá lá, Dotô?
- Sim. Temos um quarto vago, no apartamento. Podemos tentar por uns meses..O que acha?
- Dotô. É anssim como tê famia, né?
- Quase.
- Dotô. Eu num vô mais sê sunzinha. Vixe! Deus lhi pague, Dotô, a modi qui carinhu anssim, nem mainha mi dava.

- Vamos testar. Combinado?
- Cumbinadu. Dotô. Careci di eu fazê uma pregunta.. Eu num vô mais senti essas dor?
- Vamos combinar uma coisa? O dia que sentir essa dor você me procura.
- Prá modi du senhô mi inxaminá?
- Não. Prá modi nóis trocá dois dedinhu di prosa.

AUTOR: DESCONHECIDO

* Mais de 400 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão.
* A maioria dos pacientes deprimidos que não é tratada tentará suicídio pelo menos uma vez, e 17% deles conseguem seu intento.
Com o tratamento correto, de 70% a 90% dos pacientes recuperam-se da depressão.
* Aproximadamente 2/3 das pessoas com depressão não fazem tratamento e dos pacientes que procuram o clínico geral apenas 50% são diagnosticados corretamente.
* Segundo o último relatório da Organização Mundial de Saúde a depressão é mais comum no sexo feminino, afetando de 15% a 20% das mulheres e de 5% a 10% dos homens.
O Que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranqüila..... em silêncio..... sem dar conselhos.... sem que digam: "Se eu fosse você..."

quarta-feira, 14 de julho de 2010

SOCORRO

CASSIA ELLER

Socorro, não estou sentindo nada!
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir
Socorro, alguma alma mesmo que penada
Me entregue suas penas
Já não sinto amor nem dor
Já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva
Socorro, alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento,
Acostamento,
Encruzilhada
Socorro, eu já não sinto nada...


Comentário da JÔ:

Ouvi pela primeira vez e amei... Por que??? Não sei.


http://www.youtube.com/watch?v=WSLaRgFR5AU

ELEGIA

http://www.bestiario.com.br/maquinadomundo/ed4/paulo.htm

com esta flor nas mãos vazias
trazida de uma cratera íntima
me distraio neste pátio sitiado
por 1 jarro vazio e 3 navios de batalha

sigo assim provando a sorte

bem me quer mal me quer
bem me quer mal...

e me vejo aos 26
(em plena cegueira dos dias)
a brincar de sondar teu querer

tudo isso seria risível ou patético ou sei lá
não fossem de sangue essas pétalas



Paulo Vieira é neto de agricultores familiares expulsos de suas terras, por uma enchente provocada pela instalação de barragem no Estado do Paraná, na década de 1970, Paulo Vieira nasce em São Miguel do (rio) Guamá, no Pará, e muda-se para Belém com a mãe e os avós, em 1980, aos dois anos de idade. Vive uma infância amazônico-urbana (criado pelos avós) passada na periferia da cidade, entre os restos de uma floresta perdida na poeira do caos, ouvindo a voz arfante do avô lhe descrever aquele pedaço de chão que um dia ainda vai conseguir... Seus primeiros versos surgem nessa época. Vencedor do prêmio IAP de Literatura 2004, com o livro Infância Vegetal, Paulo Vieira teve sua obra de estréia prefaciada pelo crítico Benedito Nunes. Atualmente trabalha em seu novo livro de poemas.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Gostei!

Extraído do blog 
http://emagrecereatitude.blogspot.com/

Caminho do efeito sanfona:
No início DISCIPLINA
(força de vontade, compromisso,
pagando o preço para o emagrecimento ocorrer)
depois ...
pequenos abusos diários
um pouquinho, um pedacinho, só hoje
é festa junina, é jogo da copa ...
(se permite)
as situações se repetem,
repetição é a mãe do aprendizado
fica no automático
(vc não percebe mais como anda permissivo)
pode chegar ao
ATREVIMENTO
em seguida
INDISCIPLINA
não mastiga direito
não sente o sabor dos alimentos
come para se distrair
indisciplina generalizada = OBESIDADE.
venha! e saia deste círculo vicioso.

Agora que aprendi a dividir, ninguém me segura...

Geison, bobo, me fez chorar...
É tão bom contar com pessoas que parece que estão dentro de você e sentem o que você sente! Graças ao filme V.I.D.A consegui engrenar pelos caminhos do compartilhamento de impressões de vida. Estou conhecendo histórias incríveis e sentindo necessidade de ajudar, como sinto (já senti muito mais) necessidade de ser ajudada. Como é bom essa reciprocidade. Valeu!!!
Adorei a força, Geison!
Obrigada.

Bipolar!!!???

Desde ontem sinto-me estranhamente excitada, como em certa ocasião... ocasiões. Constatei, quer dizer, percebi que possuo características de quem sofre da síndrome do transtorno bipolar. Episódios de extrema euforia, metabolismo acelerado, vontade de fazer tudo ao mesmo tempo, recuperar um tempo que julguei perdido; lembro-me de quando conheci aquele que seria a pessoa que mais deixou notório esse transtorno: Zequinha. Ele foi tudo pra mim, depois, não restou mais nada, só um vazio incomensurável. Tentei imputar a ele a culpa para meu descontrole psíquico (que talvez nem tenha notado), mas eu me percebi perfeitamente naquela ocasião, e cheguei a “profetizar”: - “Não quero ser eu quando chegar o período de ostracismo!!!”. Acabei de sorrir. Sabia que estava falando de mim mesma, e sabia que a queda estava próxima. Senti tudo, percebi tudo, mas de modo aleatório, sem de fato saber ou relacionar adequadamente a uma doença.Tratável. Nesse momento sinto uma ansiedade que certamente está controlada por conta dos remédios. Parece um vulcão prestes a estourar em meu peito (em menor intensidade, como se eu estivesse sedada. Não é ruim; ao contrário... Mas é estranho! Mais ainda... é melhor do que como eu me sentia, a metamorfose que ocorria em mim quando me sentia assim), e hoje posso tudo, posso perder o peso que almejo, posso ter a vida que desejo, posso não sentir culpa por minha filha não estar ao meu lado (tudo bem, pois está com a família paterna). Gostaria de produzir algo positivo no período de mania, porque me sinto tão, tão ... forte!!! Tão capaz! Quando a melancolia voltar, chorarei diante deste depoimento. Mas preciso me conhecer para me cuidar.
Quando conheci o Zequinha, ele era super carismático, elogiava sempre, era uma figura bonita, político (literalmente) e nos elogiava até o último grau. Nessa mesma época eu estava numa fase de mudança: 30 anos, era gordinha como sou hoje, mas fiz comemorações memoráveis com os amigos e a família. Sexta almoço com a família e jantar com os amigos. Sábado almoço com a família e amigos. Domingo almoço com a família paterna de minha filha (nos damos bem). Foi ótimo, mas nunca fui satisfeita com o corpo. Resolvi emagrecer e, com a ajuda e os elogios do meu amigo Zequinha, que alimentava meu ego (até demais), perdi 25kg. Foi um período ma-ra-vi-lho-so, mas de muitos gastos, de muita despesa, em que eu enfrentava alguns momentos de melancolia insuperável, mas em intervalos curtos, principalmente quando ficava sem ver o Zequinha, quando não nos ligávamos. Não havia nada de amor homem/mulher; era uma necessidade doentia. Mas um dia, por um episódio simples referente ao trabalho, em que ele poderia, deliberadamente, ter me prejudicado (mas já havia me prejudicado irreversivelmente de outras formas), rompi com ele, no íntimo. Todo aquele apego foi se transformando em decepção, em desapego, em indiferença, em mágoa (a mágoa passou). Na época em que o “adorava” (isso mesmo!), bancava todas as suas tolices, suas farras, de seus primos e amigos. Não, a culpa não foi só dele! Minha carência cegou-me e paguei por carinhos e atenções. Quando a ficha caiu, o dinheiro havia acabado, o amigo havia sumido, de dentro de mim principalmente, pois fui ficando tão fria e indiferente que ele notou e se afastou lentamente, até não haver mais nada que nos ligasse.
Foi um período tão intenso, que se o descrevesse, talvez fizesse um livro extenso somente do período de agosto a dezembro de 2008. Foi o tempo que durou a fase mais excitante da minha vida (sem nenhum apelo erótico! Importante ressaltar, pois tudo foi muito intenso e eu saía bastaaante, mas só tive dois ficantes, e de apenas beijos na boca, o Henrique e o Jr. Foi bacana justamente porque não tenho absolutamente do que me arrepender nesse sentido. Estava sozinha, sem sexo, sem ter tido nenhum relacionamento consistente e me sentia plena, madura, linda e saudável). Esse trecho entre parênteses é importante porque fui muito feliz sim, apesar da dependencia da amizade e da companhia do Zequinha, apesar de ter gasto de uma forma irresponsável os maiores valores que já amealhei na vida, graças a muito trabalho (10 contas médicas e 120 horas extras/mês, fora o trabalho regular de 120 horas/mês). Vou mostrar meus relatos à Psiquiatra e à Psicóloga para identificar se realmente sofro o transtorno bipolar ou se sou apenas carente. Ou talvez os dois.
Passei um bom tempo sem querer tocar no assunto, nem comigo mesma. É a primeira vez que relembro, e não é uma experiência ruim não! Pensei que seria pior. Eu me senti como se, de repente, eu tivesse recebido dois pares de orelhas enormes, uma cauda e passasse a azurrar ao invés de falar. Foi uma sensação muito ruim não conseguir conversar nem comigo mesma sobre o ocorrido.
Outro dia encontrei o Zequinha e o abracei desarmadamente; foi bom. O mal que “ele” me fez foi permitido, foi até um pedido do meu inconsciente.
Nunca parei para mensurar o grau de afinidade que compartilho com as pesssoas com as quais convivo, mas tudo o que passei com esta pessoa em especial foi tão incomensurável que, quando veio o ostracismo, me afastei até de pessoas que verdadeiramente me admiravam, me afastei como um cão ferido, e lambi minhas feridas... Lambi as feridas que relatei até registrá-las hoje.Talvez continue me ferindo e tendo de lamber para me consolar, mas terei mais cuidado para não me afastar demais ou me aproximar demais, simplesmente porque a vida não é feita de extremos. Junto com minhas terapias (medicamentosa, psicossocial e interna) encontrarei o meio-termo do bem-estar.
Estou feliz por externar algo tão intenso e que engasgou-me, ocupou e reteve boa parte de minha energia por tanto tempo.
Estou chorando... Acabei de ler e o filme passou... Chorando mais... De ter tido tanto medo de relembrar toda essa história, tão minha, que me desnuda a alma, que expõe minha fragilidade. Nesse momento é bom estar sozinha, sem interferências, para dar a exata dimensão aos sentimentos. Essas gotas salgadas que estou experimentando são apenas para lavar a ferida da alma. O sal dói, mas a dor está perfeitamente suportável, a julgar pelo medo que sentia de trazer à tona todas essas lembranças.
Passou. Foi bom. Terapêutico. Revelador... Até.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

VISITE E SE EMOCIONE http://www.pensamentosfilmados.com.br/br/vida-curta

Injeção de ânimo

Estava olhando mensagens anteriores em minha página de relacionamentos e percebi que sou rodeada de pessoas muito queridas. Evitarei o “mas” por ser conjunção adversativa, e o que li representam força, energia e renovação. As adversidades são fruto de minha imaginação. Pelo menos com a aparência com que as vejo. Vou tentar receber essa fonte de energia que emana dos amigos que verdadeiramente gosto de ter por perto para superar essa fase de ostracismo.
Vou dançar no Assubsar (não sei como se escreve – leia-se: vou fazer uma atividade física extremamente prazerosa!!!)

Para refletir

“Há milhões de anos, durante uma era glacial, quando parte do nosso planeta esteve coberto por grandes camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às inóspitas condições climáticas.
Foi então que uma grande quantidade de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começaram a se unir, juntar-se mais e mais. Dessa forma cada um podia sentir o calor do corpo do outro, e todos juntos, bem unidos, agasalhavam uns aos outros, aqueciam-se mutuamente, enfrentando por mais tempo aquele frio rigoroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, sofridos...
Dispersaram-se, por não suportar mais os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito...
Mas essa não foi a melhor solução! Afastados, separados, logo começaram a morrer de frio. Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com cuidado, de tal forma que unidos, cada qual conservava certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem machucar, sem causar danos uns nos outros.”
Autor desconhecido. Enviada por email de Andreza, antiga aluna do “Avançar”

É fácil trocar palavras, difícil é interpretar o silêncio!
É fácil caminhar lado a lado,difícil é saber como se encontrar!
...Fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração!

Quero mandar fora 40kg!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Preciso fazer isso, se não conseguir, não conseguirei vencer a depressão, tenho certeza. Não aceito este peso! Não aceito não ter vida social! Não aceito ser infeliz! Não aceito viver trancada como um bicho acuado! Não aceito... Não sou feliz...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Desabafo mais que verdadeiro...

Sinto-me um pouco melhor, mas hoje senti vontade de me libertar de todas as amarras que julgo causarem a mim frustração e decepção. Gostaria de ter o direito de escolher mais e melhor, no entanto sinto-me tolhida pela falta de oportunidades e pulso firme no momento das grandes decisões que precisei tomar ao longo da vida.
Preciso distinguir as impressões causadas por essa maldita doença e as verdadeiras. Hoje percebo muitas coisas de um modo totalmente diferente de há poucos anos. Conheço bem mais coisas do que na época da limitante vida que levava. Almejo vôos bem mais altos que em comparação a qualquer objetivo que tive anteriormente. São tantas coisas que a cabeça não suporta e começa a travar. Talvez se, sem censura alguma, consiga a privacidade necessária para lançar nestas memórias tudo o que se passa nesta cabeça a mil e confusa, talvez tome decisões mais acertadas e coerentes.
Quero cursar Engenharia da Computação;
Talvez ainda queira cursar medicina, mas confesso que não estou mais tão certa... (Já aconteceu isso antes, de querer muuuito uma coisa e de repente não querer mais e sequer entender como fiquei tão obcecada com algo que hoje não significa quase nada pra mim);
Quero entender tudo de Excel, Word, fotografia, criação de algo útil para facilitar a vida do usuário; quero me destacar em algo que poucos fazem tão bem e que possa ser o precursor de alguma coisa que mudou o comportamento e/ou a visão da humanidade;
Quero ganhar bastante dinheiro fazendo o que gosto, credenciada para tal, especialista, mestre, doutora, pesquisadora, estudiosa no assunto, reconhecida, sempre buscando novidades do ramo;
Quero saber tuuuuuudo de banco de dados, esta ferramenta quase onipotente;
Quero me aproximar de Deus, de Jesus, sem que convenções ceguem-me com dogmas controversos e cheios de mistérios; quero dobrar os joelhos e conversar com essa força superior sem que precise responder a perguntas como “ que igreja você freqüenta?” ou “qual sua religião?”, e se for franca, gostaria de não receber em troca “ela é assim porque não tem Fé, religiosidade, não acredita em nada...”, coisas do tipo.
Quero, de verdade, não sendo redundante, cultivar a fé que possuo em Deus e em Jesus através de orações, de fazer o bem, eliminar comportamentos que ferem meus semelhantes, agir com justiça, coerência, convicção sem arrogância, com humildade, reconhecendo qualidades alheias, etc.;
Ainda, sem considerar redundância, NÃO QUERO RÓTULOS RELIGIOSOS OU COBRANÇAS, OU JULGAMENTOS SOBRE OPÇÃO RELIGIOSA... Não pautarei nem uma pequena parte de minha vida pensando se o que faço para cultivar a fé está certo ou errado ou inadequado. Só espero que compreendam. Mas se não compreenderem, tentarei compreendê-los;
Quero ser cautelosa, mas estudar sempre assuntos que me tragam satisfação, ainda que precise ordenar minha vida, minha mente, minhas finanças...
Quero amar, respeitar e suprir as necessidades de minha filha para sempre. (Ainda que precise de ajuda para seus cuidados básicos);
Quero me respeitar, respeitar aos outros, mas sem orientar a organização de minha vida em função de opiniões com as quais não compartilho. Ainda assim, quero cultivar para sempre o respeito profundo à opinião do próximo;
Quero, de preferência, morar no centro de Belém, mas se não for possível, quero uma casa confortável, reserva de provisões para emergências e para cultivar o lazer e bem-estar, sem neuroses ou dificuldades financeiras;
Na prática, quero uma casa em Belém/região metropolitana, uma casa em Mosqueiro, um carro confortável, uma moto, uma tela de 50 polegadas, um quarto confortável com tudo o que preciso. Uma boa secretária do lar, uma filha estudiosa que viva a sua vida sem grandes dilemas e que saiba resolvê-los com e/ou sem minha ajuda. Quero uma plantação de verduras e hortaliças em um terreno agradável, árvores frutíferas, uma piscina (não necessariamente);
Quero estudar 04h por dia, trabalhar no máximo 10h por dia e apenas de segunda a sexta-feira. Sábado e domingo quero só curtir minha casa e minha família; Talvez estudar um pouquinho no sábado (calma... só 01 ou 02 horinhas no máximo!). E ler com prazer no domingo, umas 02 horas.
Tenho 31 anos, e gostaria de começar a usufruir mais que construir pelo menos no início dos 40. Se cursar a faculdade com 32, aos 37 estarei formada. Aos 40 anos terei conseguido aprender bastante sobre tudo o que mencionei no início deste texto. Talvez já tenha também uma remuneração que me permita por em prática algumas aspirações mencionadas a pouco...
É muito bom sonhar, melhor ainda é saber que tudo o que escrevi é possível, viável. E gosto bastante do que vislumbro para o meu futuro, se continuar sendo a lutadora que sou, e aprender tudo o que me propus ao longo deste relato, incluindo (e principalmente!) cultivar minha fé, buscar a Deus por meio do respeito e amor ao próximo, cuidar para que tudo o que faça seja dosado e de acordo com o ritmo que meu corpo suporta, sem “neuroses” (lembra?), ser perseverante e respeitar meus limites e minhas características individuais.
Aos 40 anos minha filha terá 15 anos, e poderei curti-la como sempre imaginei.
Vou devagar...

domingo, 4 de julho de 2010

Alguém que conheci

Ana Maria Saad... Foi a partir daí que percebi que gosto de compartilhar experiências com meus semelhantes, semelhantes em vida e sofrimento, em busca da cura ou pelo menos melhor qualidade de vida. Compartilharei uns vídeos desta atriz, produtora, "Psicóloga", Terapeuta, conselheira e amiga, daquelas que compreendem de fato a condição do depressivo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Descobri que existem pessoas que realmente se importam com o próximo, com o intuito de ajudá-lo a ser mais feliz, dentro de suas limitações.
Sou, quer dizer, tento me convencer de que sou uma lutadora, que busca ultrapassar limites impostos por mim mesma, em virtude de uma doença, e impostas pela vida, o que é natural.
Não estou sozinha. Ainda busco mais pessoas para que nos apoiemos mutuamente, e vou conseguir. Tinha um blog que criei em 2009, mas o abandonei por preconceito do nome que coloquei nele.Incrível como Aquele nome afetava o meu psicológico e não permitia que pudesse levá-lo adiante.
Não é fácil reconhecer, mas não aceito muitas coisas em mim, e gostaria de mudar esse estado de coisas. O primeiro passo foi reconhecer que preciso de ajuda, de profissionais, de amigos, de cuidado com o que e para quem vou me abrir. Preciso tomar cuidado.
Volto para mais comentários. Até........